É MENTIROSO aquele que diz
que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA
Carnaval é tempo dos
espetáculos profanos, dos bailes de mascarados, das danças e orgias que se
multiplicam nas vésperas da Quaresma, mormente nos três dias antes da
Quarta-feira de Cinzas.
Perder tempo, exagerar as despesas, fazer da barriga seu deus, fingir que está alegre, encher a alma com imagens e pensamentos indecentes, avivar o fogo das paixões, atirar-se de caso pensado aos maiores perigos... não será isto diretamente oposto ao Cristianismo que prescreve o bom uso do tempo, prudente economia, a temperança, a vigilância nos sentidos, a mortificação das paixões e a fuga dos perigos? Deixam após si, estes dias de pecados: tantas vítimas de impureza, de embriaguez e milhares de famílias na vergonha e na miséria.
Perder tempo, exagerar as despesas, fazer da barriga seu deus, fingir que está alegre, encher a alma com imagens e pensamentos indecentes, avivar o fogo das paixões, atirar-se de caso pensado aos maiores perigos... não será isto diretamente oposto ao Cristianismo que prescreve o bom uso do tempo, prudente economia, a temperança, a vigilância nos sentidos, a mortificação das paixões e a fuga dos perigos? Deixam após si, estes dias de pecados: tantas vítimas de impureza, de embriaguez e milhares de famílias na vergonha e na miséria.
Quisera a Igreja Católica
preparar seus filhos à penitência, e por isso lhes lembra, nesta fase, os
sofrimentos de Jesus Cristo. Não negará esta boa Mãe, aquele que passa estes
dias na dissipação? Com que cara podem católicos assim dizer-se discípulos de
Cristo e filhos da Igreja Católica, que sempre condenou tais desordens? Não
digam que não fazem mal! Será pouco mal esbanjar tempo e dinheiro, estragar a
saúde, expor a honra e a inocência a perigos onde tantas vezes naufragam? Não
se desculpem com a necessidade do descanso: estarão, porventura, bem
descansados no dia seguinte? Serão descansos, divertimentos que arruínam a
saúde do corpo e da alma?
Fugi, católicos, de tão
perigosos passatempos! Seja vosso gosto trabalhar, combater e sofrer com Jesus
Cristo, neste mundo, para, com Ele, gozar eternamente no Céu. Quem pula
carnaval grita: SOLTA BARRABÁS e CRUCIFICA JESUS CRISTO.
O CARNAVAL é a festa do
demônio e o desfile do inferno.
O CARNAVAL é a festa do
nudismo e da bebedeira.
O CARNAVAL é a festa da
prostituição e da destruição das famílias.
O CARNAVAL é a festa da
fornicação e da exaltação do homossexualismo.
O CARNAVAL é a festa das
drogas e do assassinato.
O CARNAVAL é a festa do
barulho.
O CARNAVAL exalta o
mal e ridiculariza o bem.
O CARNAVAL é a festa do
pecado.
Nela, o demônio laça milhões de almas para o seu exército.
Nela, o demônio laça milhões de almas para o seu exército.
Nessa festa do inferno,
milhares de crianças perdem a inocência e milhares de jovens perdem a
virgindade.
Ai daquele
que PROMOVE o CARNAVAL! Melhor seria se não tivesse
nascido! “... ai do homem pelo qual o escândalo vem!” (Mt 18, 7).
Os SANTOS e o CARNAVAL
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Santa Faustina Kowalska
diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval, conheci um
grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante
os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e,
apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que
Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926).
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a
FESTA de SATANÁS.
Santa Margarida Maria Alacoque
escreve: “Numa outra vez, no tempo de
carnaval, apresentou-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo,
carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável
corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém
que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no
lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo, agora?” (Escritos Espirituais).
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a FESTA
de SATANÁS.
São Francisco de Sales
dizia: “O carnaval: tempo de minhas dores e aflições”. Naqueles dias,
esse santo fazia o retiro espiritual para reparar as graves desordens e o
procedimento licencioso de tantos cristãos.
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a
FESTA de SATANÁS.
São Vicente Ferrer
dizia: “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem
pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a
FESTA de SATANÁS.
O Servo de Deus, João de
Foligno, dava ao carnaval o nome de: “Colheita do diabo”.
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a
FESTA de SATANÁS.
Santa Catarina de
Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! Que
tempo diabólico!”
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a
FESTA de SATANÁS.
São Carlos Borromeu jamais
podia compreender como os cristãos podiam conservar este perniciosíssimo
costume do paganismo.
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a
FESTA de SATANÁS.
Santo Afonso Maria de Ligório
escreve: “Não é sem razão mística que a
Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa
Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão
de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto, os
pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes
descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles
alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o
entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às ocultas, senão nas
praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição! Eles o trairão, não
por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma
paixão, por um torpe prazer e por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas
mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe
vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe
deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah,
meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de
novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o
rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm
vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas,
até blasfêmias execráveis contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a
palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de
Deus. Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a
FESTA de SATANÁS.
Santa Teresa dos Andes
escreve: “Nestes três dias de carnaval tivemos o Santíssimo exposto desde
a uma, mais ou menos, até pouco antes das 6 h. São dias de festa e ao mesmo
tempo de tristeza. Podemos fazer tão pouco para reparar tanto pecado...” (Carta
162).
Católico, diante do escrito
acima, pode-se dizer que o CARNAVAL é uma BRINCADEIRA? Não! Ele é realmente a
FESTA de SATANÁS.
CATÓLICO, não FIQUE de BRAÇOS
CRUZADOS, mas PROTESTE contra essa FESTA do DEMÔNIO!
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Savonarola e o protesto contra
o carnaval
Conta-se que, em represália
aos excessos do carnaval florentino, organizou Savonarola em 1496 uma procissão
de 10.000 jovens, que desfilou pelas ruas principais da cidade cantando hinos
religiosos de penitência. Chegando a uma praça, onde se erguera uma grande
pirâmide de livros maus, recolhidos com antecedência, a um sinal dado,
colocaram-lhes fogo. Ao mesmo tempo soavam as trombetas da “Signoria”,
repicavam os sinos de São Marcos e a multidão prorrompia em aclamações.
Encerrou-se a função com uma missa solene no meio da praça, onde foi erguido um
grande Crucifixo.
Será que os Excelentíssimos
senhores Bispos e os Reverendíssimos senhores padres fazem o mesmo hoje? Será
que possuem essa coragem e convicção?
São Pedro Claver e o carnaval
Um oficial espanhol viu um dia
São Pedro Claver com um grande saco às costas.
— Padre, aonde vai com esse
saco?
— Vou fazer carnaval; pois não
é tempo de folgança?
O oficial quer ver o que
acontece: acompanha-o.
O Santo entra num hospital. Os
doentes alvoroçam-se e fazem-lhe festa; muitos o rodeiam, porque o Santo,
passando com eles uma hora alegre, lhes reparte presentes e regalos até
esvaziar completamente o saco.
— E agora? – pergunta o
oficial.
— Agora venha comigo; vamos à
igreja rezar por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de
ofender a Deus livremente por ser tempo de carnaval.
Santo Afonso Maria de Ligório
e o carnaval
“Por este amigo, a quem o Espírito Santo nos exorta a sermos fiéis
no tempo da sua pobreza, podemos entender que é Jesus Cristo, que especialmente
nestes dias de carnaval é deixado sozinho pelos homens ingratos e como que
reduzido à extrema penúria. Se um só pecado, como dizem as Escrituras, já
desonra a Deus, o injuria e o despreza, imagina quanto o divino Redentor deve
ficar aflito neste tempo em que são cometidos milhares de pecados de toda a
espécie, por toda a condição de pessoas, e quiçá por pessoas que lhe estão
consagradas. Jesus Cristo não é mais suscetível de dor; mas, se ainda pudesse
sofrer, havia de morrer nestes dias desgraçados e havia de morrer tantas vezes
quantas são as ofensas que lhe são feitas.
É por isso que os santos, a fim de desagravarem o Senhor de tantos
ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao recolhimento,
à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de
louvor para com o seu Bem-Amado. No tempo do carnaval, Santa Maria Madalena de
Pazzi passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a
Deus o sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores. O Bem-aventurado Henrique
Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas. São
Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências
extraordinárias. São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os
santuários e realizar exercícios de devoção. O mesmo praticava São Francisco de
Sales, que, não contente com a vida mais recolhida que então levava, pregava
ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo conhecimento que
algumas pessoas por ele dirigidas, que se relaxavam um pouco nos dias de
carnaval, repreendia-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente.
Numa palavra, todos os santos, porque amaram a Jesus Cristo,
esforçaram-se por santificar o mais possível o tempo de carnaval. Meu irmão, se
amas também este Redentor amabilíssimo, imita os santos. Se não podes fazer
mais, procura ao menos ficar, mais do que em outros tempos, na presença de
Jesus Sacramentado ou bem recolhido em tua casa, aos pés de Jesus crucificado,
para chorar as muitas ofensas que lhe são feitas.
O meio para adquirires um tesouro imenso de méritos e obteres do
céu as graças mais assinaladas, é seres fiel a Jesus Cristo em sua pobreza e
fazer-lhe companhia neste tempo em que é mais abandonado pelo mundo. Como Jesus
agradece e retribui as orações e os obséquios que nestes dias de carnaval lhe
são oferecidos pelas suas almas prediletas!” (Meditações).
CARNAVAL: Semana de FOLIA
desenfreada
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No tempo do carnaval, Nosso
Senhor Jesus Cristo renova a sua sangrenta Paixão; por isso, Ele repete com
toda verdade as suas palavras dilaceradoras:“Troçarão de mim, cuspir-me-ão no
rosto, matar-me-ão na cruz”.
Todos os pecados de gula não
são, porventura, o cálice amargo renovado para Ele?
Todas as imodéstias no vestir,
os olhares impuros, as ações obscenas não repetem porventura o despimento das
suas vestes e a sua bárbara flagelação?
E as máscaras que escondem o
rosto para não sentir o rubor de certas baixezas, não são semelhantes às vendas
por dentro das quais os soldados escondem a cabeça majestosa de Deus, para
ficarem mais livres de injuriá-lo?
E toda blasfêmia, e todo grito
imundo, e todo riso descomposto, não assemelham às cusparadas com que foi conspurcada
a face do Senhor?
Sim! Para Jesus a semana do
carnaval é uma nova semana da Paixão; e os pecados do carnaval pesam-lhe nos
ombros, como um dia lhe pesou a cruz na qual devia morrer.
Por sorte, neste mundo não há
apenas judeus, nem apenas soldados brutais cujo mau coração se alegra com
martirizar um inocente, nem todos são como Pilatos, nem todos são como Herodes
ou Caifás: há também almas boas, como Verônica, que enxugam o rosto do Salvador
das lágrimas e do sangue; há também homens generosos, como Cireneu, que o
ajudam a carregar a sua cruz.
Nunca, como na semana do
carnaval, Jesus é feito sinal de contradição: de um lado a loucura desenfreada,
de outro o amor fiel.
Terrível é a semana do
carnaval. Nela as almas, como numa carruagem, voam ansiosas aos prazeres
pecaminosos. Do fundo delas uma voz se levanta e protesta: “Pára: na estrada destes divertimentos há
estendido o Corpo de Cristo, teu Rei, morto na cruz”. “Não importa! Respondem elas. – Contanto que
eu possa desfrutar, avante...!” E passam adiante, e, com o calcanhar
pisam as mãos chagadas, os pés chagados e o coração chagado do Crucificado.
Mas é uma necessidade
divertirmo-nos um pouco, antes de entrarmos nos dias severos da quaresma. Os
que assim argumentam são, pois, aqueles que transgridem todos os jejuns, as
penitências e as orações do tempo quaresmal. E, além disso, como podem
chamar-se divertimentos as embriaguezes, as noitadas, os bailes e todas as
desonestidades com e sem máscara? “Não
divertimentos – clama São João Crisóstomo – mas sim, pecados e delitos”.
Bem acertaram os Padres
antigos quando disseram que a barafunda do carnaval é uma invenção do diabo. E
que os que se chafurdam dentro dela são todos cristãos que, na prática ao
menos, querem desbatizar-se. Quando eles foram levados à pia sagrada, o
ministro de Deus lhes disse: “Renuncias ao demônio e às suas pompas?”
“Renuncio”, foi respondido. Mas eis que nestes dias, muitíssimos arrancam do
seu coração as renúncias e o batismo, e, tornados pagãos, lançam-se no culto
dos sentidos e nas pompas demoníacas.
Há outros que argumentam
assim: “Não acho nada de mal em ir a
certas representações, aos clubes dançantes ou cantantes, aos bailes de
máscaras...”
Pobres católicos! Mister faz
realmente dizer que perderam o senso do bem e do mal.
Tertuliano conta um episódio
que pode nos ensinar muitíssimo, mesmo nos nossos dias. Uma senhora, apenas
entrando em certo teatro, foi invadida pelo demônio. Arrastada perante o Bispo,
este, exorcizando-a, forçou o Espírito maligno a dizer por que ousara molestar
aquela mulher, que era boa e religiosa.“Se fiz isto – respondeu o demônio
– tinha o direito de fazê-lo. Invadi-a porque a surpreendi no que é
meu” (De Spect., cap. 26).
Pensai então, católicos, que
pecado cometem esses pais indignos que levam seus filhos pequenos às reuniões
carnavalescas, ou a elas deixam ir suas filhas! Aquelas mães da Síria que
lançavam as suas criaturas na boca inflamada do deus Baal, no dia do juízo
terão mais misericórdia do que estas mulheres cristãs que lançam seus filhos na
boca ardente do fogo eterno.
Elas não têm tempo nem vontade
de lavá-las aos Sacramentos de Deus, e, no entanto, permitem que elas vão – ou,
pior, as acompanham – aos sacramentos do demônio. Assim chamava Santo Agostinho
aos divertimentos carnavalescos, porque, em vez de nos fazerem amigos de Deus,
eles nos fazem amigos do demônio; em vez de nos darem a graça, dão-nos a
desgraça; em vez de nos abrirem a porta do Paraíso, escancaram-nos a porta do inferno.
Quanto às máscaras, direi só
uma coisa: “A primeira pessoa neste mundo a mascarar-se foi Satanás,
quando se disfarçou sob a forma de serpente, para arruinar Eva e todos nós que
viemos depois” (Pe. João Colombo).
Santo Ambrósio exortava, no
princípio do carnaval, aos católicos do seu tempo da seguinte maneira.
O herói Ulisses, voltando de
Tróia conquistada, devia passar pela ilha das sereias: dali elevava-se sempre
uma canção fascinante, aliciadora e irresistível. Mas todo nauta que cedia à
lisonja daquela música ia à ruína; e o recife já estava todo branco de ossadas
humanas. Para vencer a tentação, o astuto herói fez-se amarrar ao mastro da
nau, e pediu aos companheiros que não o desamarrassem senão depois de passado o
perigo. Só assim pôde salvar e rever Ítaca, seu reino e seu domicílio.
Católicos, o carnaval pode ter
para nós uma voz de sereia, irresistivelmente aliciadora: quem cede vai de
encontro aos brancos escolhos da eterna ruína. Amarremos nossa alma ao mastro
da Cruz da qual pende Deus que morre pela nossa salvação; meditemos o seu
gemido e também nós nos salvaremos de todo perigo.
CARNAVAL: água lodosa
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Na História Sagrada conta-se o
caso de uma cidade onde as águas se haviam tornado lodosas e impotáveis. Os
habitantes correram ao profeta Eliseu, que, mandando trazer a si um vaso cheio
de sal derramou-o nas fontes poluídas. Desde esse momento as águas tornaram a
fluir límpidas e potáveis (2 Rs 2, 19-21).
No tempo do carnaval, as águas
do mundo tornam-se realmente lodosas, e exalam miasmas pestíferas de corrupção.
Os bons católicos forçados a viver no meio dele estão em grave perigo de
contágio, se não recorrerem à desinfecção. E eis que a Santa Igreja imita o
gesto do profeta Eliseu, e com maternal preocupação derrama nas almas o sal que
purifica e que preserva. Este sal é a lembrança da Paixão de Nosso Senhor.
Num trecho do Evangelho, Nosso
Senhor prediz aos Apóstolos a sua crucifixão iminente. O Mestre ia para a
Páscoa em Jerusalém, e sabia que fazia uma viagem sem retorno na sua vida. Ao
longo da estrada Ele tomou à parte os Doze e levantou para eles o véu que
ocultava o seu fim próximo. “Chegado é o momento em que as profecias sobre
o Filho do homem devem verificar-se. Dentro em pouco Ele será dado em poder dos
romanos: e eis que já vejo que o escarnecem, que lhe cospem no rosto, que o
flagelam até o sangue; depois de o flagelarem, conduzem-no à morte. Contudo,
não passarão três dias e Ele ressuscitará”.
Destas misteriosas e dolorosas
previsões os Apóstolos não compreendiam nada; se alguma coisa compreendiam, não
queriam acreditá-la, tanto ela lhes parecia horrível. Eram cegos na alma como o
era no corpo o infeliz que eles haviam encontrado nas vizinhanças de Jericó, ao
qual Jesus dera a vista com um milagre.
Também os Apóstolos se lhes
abririam depois os olhos para entenderem o mistério da cruz. Também os nossos
olhos foram abertos à luz da fé. Por isso, na terça-feira, que o mundo chama
“gorda” por causa dos prazeres sensuais e das loucas alegrias a que muitos se
abandonam, refletindo nas palavras do Senhor sobre a sua paixão, devemos
sentir-nos comovidos. Deve jorrar-nos do coração a prece de Santo Agostinho: “Senhor,
faze-me sentir toda a tua dor e todo o amor que experimentaste na tua paixão:
toda a dor, para que eu aceite toda a minha dor neste mundo; e todo o amor para
que eu recuse todo amor mundano”.
Pe.
Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis,
01 de janeiro de 2009
A verdade estampada ao vivo!
ResponderExcluirPrecisamos tirar as vendas dos nossos olhos e do nosso coração e reconhecer o verdadeiro amor, o de Deus.